Daniester Rodrighero/Colaborador
A primeira edição da Feirart Agostinho Gomes Portela, de Piacatu, no ano passado, reuniu 26 artesãos de várias regiões do Estado e um grupo de índios Pataxós que vieram da região Sul do Estado da Bahia.
Neste ano, a Feirart acontece entre os dias 9 e 11 deste mês. O evento, que ocorre na praça Padre João Huberto José Sluysmans, faz parte das festividades do 59º aniversário de Piacatu, cuja data comemorativa é hoje (8).
Entre as oportunidades que a Feirart possibilita aos artesãos, os irmãos Táiriku Kojima, 51 anos, e Takato Kojima, 55 anos, de Piacatu, tiveram no ano passado a experiência de apresentar seu artesanato no evento.
Os irmãos Kojima avaliam o evento de forma positiva, uma vez que Piacatu é um dos poucos municípios da região que valorizam o trabalho feito pelos artesãos. A dupla trabalha com o artesanato bambu cana-da-índia na fabricação de móveis.
Táiriku, que vive exclusivamente do artesanato, conta que se interessou pela cana-da-índia em 2003, ocasião em que a Prefeitura ofereceu um curso gratuito aos moradores com este tipo de material para artesanato. “Vi na cana-da-índia uma oportunidade. Na época era um mercado novo e percebi que teria chances de expandir”, ressalta.
Antes de se dedicar ao artesanato, Táiriku trabalhava na agricultura. A oficina onde os irmãos trabalham fica na casa de Takato, que mora com a mãe. “O artesanato do bambu cana-da-índia é um trabalho difícil e cuidadoso”, ressalta Táiriku.
Entre os móveis fabricados pela dupla estão: cadeiras de área, cestos, sofás, mesas, fruteiras, estantes, aparadores, entre outros itens. Devido a sua experiência, Táiriku já ministrou cursos pela região sobre o artesanato com o bambu cana-da-índia.
Em feiras que acontecem pela região e Estado de São Paulo a fora, os irmãos Kojima já chegaram a dividir o estande com o colega artesão Francisco Lemes da Costa, 59 anos, também de Piacatu. “É comum nós dividirmos o espaço com o Francisco. Até porque o artesanato dele é diferente do nosso. E isso acaba divulgando tanto o nosso trabalho quanto o dele, que somos da mesma cidade. É um fortalecendo o trabalho do outro”, finaliza Takato.
Colaborou com esta reportagem: Daniester Rodrighero