Artesãos de Piacatu buscam reconhecimento local e regional


Para artesãos, setor da Cultura facilita divulgação de seus trabalhos em eventos

08/11/2012 10:44 - Atualizado em 17/08/2017 10:51 | Por: Otávio Manhani

Daniester Rodrighero/Colaborador

O artesão Francisco Lemes mostrando a maquete de uma igreja

A cultura de um município sempre esteve presente na vida e nas obras de diversos artistas plásticos do Brasil e do mundo. Francisco Lemes da Costa, 59 anos, de Piacatu, começou a realizar suas primeiras obras ainda cedo, quando tinha apenas oito anos de idade, onde já se destacava em concursos escolares.

Homem de origem pobre, Costa começou a trabalhar desde criança. Naquela época ajudava seu pai, João Lemes, na produção de carros de animais e ferramentas para o trabalho no campo.

Com o passar dos anos, passou a representar a cidade de Piacatu em exposições em diversas cidades do Estado de São Paulo com seus trabalhos desenvolvidos nas horas vagas. “Artesanato para mim é um hobby”, diz Costa, que já participou de aproximadamente 20 exposições de artesanato.

Apesar de participar de exposições e concursos, Costa não tem como objetivo viver apenas do artesanato, pois para ele, a arte é apenas uma paixão e admite que sua renda provém da pecuária e da agricultura.

No entanto, o artesão luta pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido por ele e demais colegas. Ele cita a dificuldade que algumas pessoas têm em entender que o artesanato é uma cultura local ou regional e que isso deve ser mantido e preservado. Para isso, segundo ele, é necessário apoio do poder público e iniciativa privada.

Costa admite que o reconhecimento de seu trabalho enquanto artesão é algo que caminha a passos lentos. “A sorte é que aqui em Piacatu existe um setor de Cultura. Um setor que existe e também funciona. Este ano teremos a 2ª edição da Feirart Agostinho Gomes Portela, e isso já é um grande avanço para nós”, avalia.

Em suas obras, Costa procura utilizar materiais recicláveis, pois, segundo ele, a preservação do meio ambiente é muito importante. Cercado de suas artes e da própria matéria-prima, o artesão faz de sua casa, sua oficina. “Busco inspiração para meus trabalhos na cultura do município. Dedico aproximadamente três horas por dia exclusivamente para o artesanato”, finaliza.

Colaborou com esta reportagem: Daniester Rodrighero