Pastor Arnaldo Cunha é homenageado com o Título de Cidadão Piacatuense


Homenagem foi uma indicação do vereador Marcos Moraes (PV)

12/07/2016 22:50 - Atualizado em 05/08/2016 14:23 | Por: Otávio Manhani

Otávio Manhani/Jornal Comunicativo

Vereador Marcos Moraes entrega a homenagem ao pastor Cunha

A Câmara de Vereadores de Piacatu concedeu ao pastor da Igreja Batista Renovada de Piacatu, Arnaldo Alves da Cunha, o Título de Cidadão Piacatuense em sessão solene que aconteceu no feriado estadual de 9 de julho. A homenagem foi uma indicação do vereador Marcos Moraes, o Marquinho do Mazão (PV), e aprovada por todos vereadores.

O evento contou com a presença de autoridades políticas do município, representantes da Polícia Militar, lideranças religiosas e fiéis da Igreja Batista Renovada.

De acordo com a justificativa da homenagem, Arnaldo Alves da Cunha sempre prestou relevantes serviços ao município de Piacatu, seja como policial militar - onde comandou o Grupamento durante 18 anos -, ou como pastor da Igreja Batista Renovada desde 2003.

Para o autor do Título de Cidadão Piacatuense, a homenagem ao pastor é mais do que merecida. “É um reconhecimento da população piacatuense pelos serviços prestados tanto como sargento da Polícia Militar quanto na questão religiosa”, disse Moraes. O vereador também lembrou que foi aluno de Cunha no Proerd (Programa de Resistência às Drogas e à Violência).

Discurso

O homenageado iniciou seu discurso agradecendo a Deus, as autoridades políticas do município, familiares, representantes da Polícia Militar, lideranças religiosas e fiéis.

Cunha disse que “conheceu” Piacatu por uma placa de um carro Ford Maverick, em tons amarelo, em Penápolis (a 69 quilômetros de Piacatu). “Eu perguntei: onde será que fica isso?”. Ele também mencionou que a primeira pessoa de Piacatu que conheceu foi o caminhoneiro José Lira, que, inclusive, estava presente na homenagem.

O homenageado lembrou que na época em que fazia curso de formação da Polícia Militar, em São Paulo, tinha que pegar carona. Foi quando disse ter conhecido José Lira. “Nossa amizade nasceu ali. E quando eu perguntei de onde era, ele me respondeu: de Piacatu. Ai eu pensei, de novo [Piacatu]?”, brincou Cunha.

Natural da cidade de Santo André, região metropolitana de São Paulo, Cunha foi morar em Penápolis devido um problema de saúde e ficou até os 17 anos onde, posteriormente, tentou entrar no 37º Batalhão de Infantaria Motorizada de Lins, mas acabou sendo dispensado na época.

Começou como soldado na Polícia Militar em 1984, em São Paulo. Pediu para ser transferido para o então CPI-5 (Comando de Policiamento do Interior), em Araçatuba - hoje CPI-10. “Cheguei a prometer que ficaria em Penápolis. Porém, o coronel disse que eu não ficaria em Penápolis, mas, sim, em Piacatu. Aí eu lembrei do nome novamente”.

Em Piacatu

Ao chegar em Piacatu para trabalhar na Polícia Militar, Cunha relatou ter tido a impressão de uma cidade do faroeste. “Me apresentei no 1º GP-PM para o 2º sargento da PM, Rubens Matheus, que me mostrou a cidade em uma perua que pertencia a Polícia Civil”, relembrou

Posteriormente, segundo Cunha, chegou o policial José da Silva, popularmente conhecido como Guarani (1951-1995), em um Fusca, dizendo que seria a viatura de trabalho. “Aí eu disse: ‘Agora sim’”, relatou o homenageado.

Cunha também lembrou das dificuldades que a Polícia Militar enfrentava na época e disse que chegou a pedir transferência, mas não foi aceita. “Me pediram para aguentar seis meses, pelo menos. E desses seis meses, olha eu aqui”, brincou.

Família e carreira

“Aqui em Piacatu conheci minha esposa [Roseli Dalbon Cunha]. Começamos a namorar em 1986 e nos casamos em 1988. Foi aí que fincamos raízes em Piacatu. Aqui nasceram nossos três filhos: Jean Rodrigo, Luiz Henrique e Arnaldo Junior”, observou Cunha.

O sargento Cunha comandou o destacamento da Polícia Militar em Piacatu por 18 anos. Ele lembrou que colocaram fogo no destacamento. Em outra ocasião, sua casa foi atingida por um disparo de arma de fogo - no vidro do banheiro e ficou alojada no fogão.

Naquele momento, pensou em ir embora de Piacatu, pois era casado e tinha filhos. “Foi quando Deus enviou o pastor Francisco Aparecido de Oliveira, da Igreja Batista Renovada, de Bilac. Estávamos em pânico. Mas Deus tem um propósito em nossa vida”.

E acrescentou: “Com certeza naquela ocasião, enquanto sargento, eu não agradei todo mundo, até porque ninguém agrada. Tem pessoas que entendem, assim como tem aquelas que não entendem. O que não poderia era perder a linha do comprometimento que a Polícia Militar tem”.

“Infelizmente, no passado, algumas pessoas até pediam para eu sair de Piacatu. Mas hoje estou sendo honrado como um verdadeiro filho de Piacatu. Eu fico honrado com isso”, completou Cunha.

Passado este período, Cunha agora está à frente da Igreja Batista Renovada. Ele citou o trabalho importante das igrejas, independente de denominações, na recuperação de pessoas alcóolatras e viciadas em drogas. E concluiu: “Obrigado ao reconhecimento desta Casa de Leis, ao poder Executivo do município, autoridades e fiéis da Igreja Batista Renovada”.

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