Márcio Bracioli/Folha da Região
A Justiça Federal de Araçatuba condenou a mais de dez anos de prisão cada um, por tráfico internacional de drogas, os dois homens presos em novembro do ano passado pilotando um avião Sêneca, modelo EMB-810C, carregado com 370 quilos de cocaína.
A sentença foi dada no último dia 29 pelo juiz federal da 2ª Vara Federal, Pedro Luís Piedade Novaes, o qual acatou parcialmente a denúncia feita pelo Ministério Público Federal, que também pediu a condenação da dupla por associação ao tráfico internacional de drogas.
De acordo com a sentença, o piloto Donizete Veríssimo Dias foi condenado a dez anos, dois meses e 15 dias de prisão enquanto que o empresário Carlos Macedo foi condenado a dez anos, 11 meses e sete dias. Na sentença judicial, ambas as penas devem ser cumpridas inicialmente no regime fechado. Cabe recurso da decisão.
Entenda o caso
No dia 16 de novembro do ano passado, dois aviões-caça A-29 Super Tucano da FAB (Força Aérea Brasileira) interceptou o avião Sêneca, de matrícula PT-WHM, na região nordeste do Estado do Mato Grosso do Sul.
Na ocasião, o piloto de 46 anos e o empresário de 48 anos que estavam na aeronave, ambos naturais do Estado do Paraná, receberam ordem dos aviões-caça da FAB para pousar no aeroporto Dario Guarita, em Araçatuba.
O avião Sêneca, que estava no espaço aéreo brasileiro sem autorização, foi perseguido e escoltado pelos aviões-caça da FAB. No entanto, durante a aterrissagem, o piloto arremeteu e a aeronave não foi mais vista, até ser encontrada na pista de pouso de uma oficina mecânica localizada no Sítio Santa Helena, no bairro Progresso, no município de Gabriel Monteiro.
Assim que o Sêneca aterrissou, policiais federais de Araçatuba foram até a pista de pouso a realizou a apreensão. A operação contou com o apoio de um helicóptero da FAB, com pelo menos cinco soldados.
O piloto Donizete foi preso de imediato. Já o empresário Carlos Macedo tentou fugir, mas foi detido com a ajuda do helicóptero Águia da Polícia Militar e da equipe de apoio da FAB, que estavam em outro helicóptero.
Durante a vistoria no avião - que estava sem os bancos - policiais federais encontraram 370 quilos de pasta-base de cocaína. A estimativa da polícia é que a carga estaria avaliada em aproximadamente R$ 7 milhões.