Otávio Manhani/Jornal Comunicativo
Para comemorar o Dia do Trabalho nesse 1º de maio, em Gabriel Monteiro, foram realizados quatro eventos pela manhã: cavalgada, missa, almoço no salão paroquial e Feira do Bordado no Centro de Múltiplo-uso.
Por volta das 11h, uma cavalgada que reuniu dez comitivas de várias cidades da região partiu do Recinto de Exposições em direção à igreja matriz de São Pedro Apóstolo, onde acontecia uma missa sertaneja. À frente da cavalgada, uma caminhonete conduzia a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida.
Durante a missa, na homilia, o padre Arnaldo Carvalheiro Neto disse que a realidade do trabalho é marcada pela exclusão. “Vivemos em uma sociedade onde o dinheiro, infelizmente, governa tudo. Há tantas pessoas que morrem de fome e frio e não são noticiadas. Mas basta cair dois pontos na Bolsa de Valores que isto é noticiado em todas as agências de notícias do mundo”, lamentou.
O padre também criticou a cultura da indiferença e as atitudes de uma sociedade cada vez mais individualista. “Se estivéssemos o espírito de partilha, não haveria fome no mundo. A sociedade é vítima da onda do consumo, pois coloca sua atenção no dinheiro”, avisou.
“Não podemos aceitar uma globalização da indiferença. Temos que nos libertar desta cultura e viver uma globalização da justiça e do amor. Que sejamos uma comunidade com as portas sempre abertas para acolher, pois o amor de Deus é inclusivo”, acrescentou padre Arnaldo.
Ao final da homilia, o padre fez a seguinte recomendação: “Que possamos resgatar o espírito do mundo do trabalho; que não nos acomodemos”.
No primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego no Brasil registrou índice de 10,9% e é a mais alta desde que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) passou a fazer essa pesquisa trimestral, há quatro anos. No total, são 11,1 milhões de trabalhadores desempregados atualmente.
Em um ano, o número de pessoas procurando emprego aumentou em 3,2 milhões, segundo o instituto. Para especialistas, este número é reflexo da crise política e econômica que o Brasil enfrenta há mais de um ano.
Cavaleiro das Américas participa da cavalgada em Gabriel Monteiro
Junto dos cavaleiros que participavam da cavalgada em Gabriel Monteiro nesse dia 1º de maio estava Filipe Leite, 29 anos, conhecido como “Cavaleiro das Américas”. Ele saiu do Parque do Peão, em Barretos (SP), no dia 11 de abril, e segue em direção a Ushuaia, na Patagônia (Argentina).
Durante o trajeto de oito mil quilômetros que percorrerá, o cavaleiro passará por três países - Argentina, Uruguai e Chile - além do Brasil, acompanhado de duas éguas da raça Quarto de Milha: Doll e Life.
De acordo Filipe Leite, um dos principais objetivos desta nova jornada é contribuir com o Hospital de Câncer de Barretos. “Vou difundir informações sobre prevenção do câncer infanto-juvenil junto com as campanhas do Hospital de Câncer por todos os vilarejos e cidades por onde passar. Quero levar mensagens importantes pelo meu caminho”, disse o cavaleiro.
Entre 2012 e 2014, Filipe Leite saiu da cidade de Calgary, no Canadá, e percorreu 16 mil quilômetros a cavalo até chegar ao Brasil, no município de Barretos (SP).