Otávio Manhani/Jornal Comunicativo
O estudante Fernando Henrique Almeida Maciel, 19 anos, morador de Piacatu, foi aprovado em seis dos nove vestibulares que prestou para o curso de medicina. Das seis faculdades em que foi aprovado, cinco são públicas.
O jovem foi aprovado no curso de medicina da Unesp (Universidade do Estado de São Paulo) de Botucatu, Unicamp (Universidade de Campinas), UFPR (Universidade Federal do Paraná) de Curitiba, Unipampa (Universidade Federal do Pampa) de Uruguaiana (RS), na USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto, e na faculdade particular Fundação Lusíada, de Santos (SP), onde, inclusive, havia conseguido uma bolsa integral de estudos pelo ProUni (Programa Universidade para Todos), do governo federal.
Como teve a oportunidade de escolher em qual universidade iria cursar medicina, Fernando optou pela USP de Ribeirão Preto. Em entrevista ao Comunicativo, ele justificou a escolha.
“Eu preferi a USP por dois motivos. Primeiro, pelo grande prestígio internacional que a USP possui: a melhor universidade da América Latina. Em segundo pelo grande renome nacional da faculdade de medicina de Ribeirão Preto, reconhecida como o maior polo de pesquisa médica-acadêmica do Brasil”, explicou o estudante de medicina.
Questionado sobre os planos após a conclusão do curso, Fernando acrescentou: “São seis anos de graduação no curso de medicina na USP. Por isso, meus planos estão bem sujeitos a mudanças. Mas pretendo me especializar na parte de cirurgia, principalmente na cardiocirurgia”.
Avô como motivação
De acordo com o universitário, o principal motivo que o levou a optar pela cardiocirurgia, assim que vier a concluir o curso, foi seu avô materno, que, em 2011, foi submetido a uma cirurgia de implante de marca-passo em seu coração, procedimento este que permitiu que ele tivesse uma vida melhor.
“Por isso, quero me tornar um cardiocirurgião, para garantir uma vida melhor às pessoas, como meu avô conseguiu. Porém, ainda assim, pretendo trabalhar na atenção primária de saúde, pois mais de 80% dos casos de doenças podem ser resolvidos numa Unidade Básica de Saúde”, frisou Fernando.
Para o estudante de medicina, qualquer médico que se preocupe com a saúde da comunidade deve ter a atenção primária como alvo de atuação. “Por isso, pretendo trabalhar na área da clínica médica também”, reforçou.
Decidiu no ensino médio
Fernando disse sempre ter estudado em escolas públicas. “Estudei na Emei Profª Ivone Vendrame Cardoso, Emef Prof. Eládio Rosseto e na EE Profª Cinelzia Lorenci Maroni, todas aqui em Piacatu”, lembrou.
“Quando era bem pequeno, já havia o sonho de ser médico. Isso porque minha tia é enfermeira e eu sempre admirei o local de trabalho dela, assim como a atuação dela. Mas eu assumi cursar medicina como meu objetivo de vida no ensino médio”, declarou o estudante.
O jovem voltou a dizer que o avô materno teve um grande impacto na escolha do curso e ponderou: “Acredito que cursar medicina foi mais um sonho que cultivei a vida inteira e se confirmou no ensino médio. Decidi, então, que era hora de parar de sonhar e torná-lo real”, finalizou o universitário.
