Otávio Manhani - Arquivo/Jornal Comunicativo
O vereador Gilberto Silveira de Oliveira (PSDB), de Bilac, acusa o também parlamentar Valdecir Rodrigues dos Santos, o Português (PMDB), de agredi-lo com soco na cabeça após a sessão no dia 2 deste mês. O caso foi parar na delegacia.
A agressão teria sido consequência de um pronunciamento feito na tribuna por Oliveira, que questionou a compra de um terreno pela Prefeitura para construção de moradias populares.
De acordo com o vereador tucano, a administração municipal pagou R$ 300 mil para a desapropriação de uma área onde devem ser construídas 50 casas pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) do Estado.
Na tribuna, Oliveira disse ter solicitado explicação da Prefeitura sobre o motivo da opção por aquela área, uma vez que havia outra à venda praticamente pelo mesmo valor, porém, no local poderiam ser construídas 90 casas. Na ocasião, o tucano se prontificou a falar com a prefeita sobre o assunto.
Encerrada a sessão, ao sair da Câmara, Oliveira disse que o vereador Português o procurou “de forma agressiva” justificando que a outra área não adquirida pela Prefeitura porque a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) não permitia a construção de casas naquele local.
Oliveira, então, pediu ao vereador Português que ele apresentasse a documentação da Cetesb, informando que não poderia haver construção naquela área e ele disse que não tinha. “Então, eu não quis mais conversa e saí. Quando eu virei as costas ele me deu um soco na cabeça”, relatou. Segundo o vereador tucano, outros dois parlamentares tiveram que segurar Português após a agressão.
O vereador Português informou que saiu da Câmara conversando com Oliveira e explicou que na área mencionada por ele não poderia haver construções devido ser próxima da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) do município.
“Aí ele colocou a mão no meu peito e disse que eu era um burro, um besta, que não sabia de lei. Quando se trata com burro ou besta, é preciso ter cuidado, pois eles costumam dar coice. Por isso, é bom falar de longe, porque coice machuca”, declarou. O parlamentar disse ainda que jamais agrediria Oliveira se não tivesse sido ofendido antes.
Oliveira nega que tenha ofendido Português, chamando-o de burro, assim como também nega ter colocado o dedo no peito do companheiro de legislatura. “O que disse a ele foi ‘deixa de ser besta’, uma expressão dita sem maldade, apenas para encerrar o assunto”, explicou Oliveira. Ele disse, ainda, ter registrado boletim de ocorrência sobre o caso.