Otávio Manhani/Jornal Comunicativo
Embora desativado desde maio de 1999, o antigo lixão de Piacatu, localizado atrás do Cemitério Municipal, tem sido alvo de reclamações por parte da população quando ocorrem queimadas no local. Os casos de incêndio não são frequentes. Mas quando ocorre eventualmente, o descontentamento é geral.
O episódio mais recente aconteceu no dia 11 de novembro. O Comunicativo esteve no local, por volta das 14h, e constatou a fumaça, que se espalhou pela cidade toda até a madrugada do dia seguinte.
Durante a sessão na Câmara Municipal, que aconteceu no dia seguinte à fumaça, alguns vereadores pediram explicações sobre o episódio. Os vereadores José Carlos da Silva, o Totô (PMDB); e Deivid Lemes Ferraz (PTB), disseram ter recebido diversas reclamações de moradores sobre o episódio.
Totô lembrou que o município tem uma lei municipal de 2010 que proíbe queimadas. Ele disse ter encaminhado um ofício ao Executivo indagando sobre este caso e, ainda, que quando procura alguém da Prefeitura para se manifestar sobre o caso, ninguém assume a responsabilidade.
O vereador Paulo Cézar Vendrame (PMDB) comentou que os munícipes têm cumprido com a legislação em não realizar queimadas. Porém, em locais públicos, ele alega que a Prefeitura deve dar o exemplo.
O vereador Gilberto Pizini, o Ninão (PV), informou que o local onde funcionava o antigo lixão hoje é utilizado para descarte de material de construção e que não há cerca que impeça as pessoas de adentrarem no local.
Defesa
O presidente da Câmara, Paulo Henrique Zeri de Lima (PSDB), disse ter procurado o prefeito Nelson Bonfim (PTB) para falar sobre a fumaça que incomodou os moradores.
De acordo com Paulo Lima, o prefeito justificou que as queimadas ocorridas naquele local não foram realizadas pela Prefeitura, mas, sim, por particulares e que o prefeito registrará um boletim de ocorrência e, posteriormente, instaurar um inquérito policial para averiguar a autoria da queimada.
O presidente da Câmara adiantou que se encontra na Prefeitura, em trâmites finais, um contrato de arrendamento de um terreno localizado na zona rural, de propriedade da família Zuchini, a qual será utilizada para o destino dos restos de matérias de construção e galhos de árvores.
Outras ocasiões
Mas esta não foi a primeira vez que a fumaça vinda do antigo lixão tomou conta da cidade. De acordo com alguns registros do Comunicativo, em 11 de março de 2010 e no dia 20 de abril do mesmo ano os moradores passaram pela mesma situação.
Em outro caso - mas desta vez não no antigo lixão -, alguns terrenos particulares do bairro Colinas Park pegou fogo na grama seca, em 30 de agosto do ano passado. Na ocasião, uma menina de 7 anos, que faz tratamento respiratório e toma medicamentos, teve sangramento nasal em consequência da fumaça.
Tanto nessa ocasião quanto desta vez mais recente, alguns moradores entraram em contato com a reportagem para denunciar os fatos e cobrar respostas das autoridades.