Otávio Manhani/Jornal Comunicativo
Apesar de o dia de santo Antonio ser comemorado pelos católicos hoje (13), uma missa celebrada no último domingo (7), na capela do ‘santo casamenteiro’, no bairro rural Stivanelli, em Piacatu, padre Edgar de Souza Lima falou da questão familiar e sobre o pecado.
A imagem do santo padroeiro do bairro chegou em carreata. Durante a missa, iniciada às 10h, o padre afirmou aos fiéis que “família unida é o caminho certo”. Tendo como foco da homilia o casamento, o padre frisou que a família não pode ser lugar de confusão. “Tiremos as confusões de vossas casas e de nossa Igreja. O reino não pode ser dividido, porque senão acaba”, alertou.
O padre comentou que pai e mãe podem até pensar diferentes, mas recomendou que eles caminhem sempre juntos para não transmitir divisão e desunião aos filhos. Para isso, ele sugeriu que as pessoas melhorem em comunidade, de modo que a Igreja seja mais unida.
Pecado disfarçado
Ainda em sua homilia, padre Edgar reafirmou que “o mal” existe e contagia as pessoas. “Pecar faz mal para a saúde espiritual e o pecado está disfarçado de coisas boas. Precisamos acordar para o mal no mundo e lembrar que somos fracos”, acrescentou.
Padre Edgar comparou o mal às drogas. “Muitos dizem ‘hora que eu quiser eu largo a droga’. O mesmo acontece com o alcoólatra. As pessoas devem evitar o primeiro gole. É assim que precisamos afastar o pecado de nossa vida”, aconselhou.
O celebrante citou que o mal da vida chama-se “cinco minutos”. “Em várias ocasiões, se as pessoas pensassem cinco minutos e disserem ‘não’, muitas coisas ruins teriam sido evitadas”, observou. E indagou: “Quantas pessoas não se arrependem de algumas atitudes? Daí, o mal toma conta”.
Após a bênção apostólica, os fiéis foram ao barracão ao lado da capela, onde houve um almoço e, na sequência, um leilão de gado.
Breve histórico da capela de santo Antonio
Há muitos anos existia na fazenda de propriedade de Fortunato Vendrame (1897-1991) a capela de santa Ana, onde os moradores do bairro rural Stivanelli se reuniam para rezar. Por ser um local pequeno, os moradores resolveram construir um prédio maior.
A ideia de uma capela maior partiu do morador Salvador Gentine (1924-2004), o qual doou parte do terreno de sua propriedade em março de 1970. No dia 13 de junho do mesmo ano, foi celebrada a missa e colocada a pedra fundamental junto com uma cruz, onde hoje é o centro da capela.
Como o morador Salvador Gentini era um dos vários moradores devotos de santo Antonio, ele escolheu o santo casamenteiro como padroeiro da capela.
Com a sugestão, algumas famílias do bairro apoiaram e colaboraram na construção, entre elas as famílias: Bueno, Ferraz, Folini, Gamba, Marchi, Spinardi e Stivanelli.
Na época da construção, a comunidade católica do município era liderada pelo então padre João Humberto José Sluysmans, que foi pároco entre 1967 e 1987.