Otávio Manhani/Jornal Comunicativo
Uma menina de seis anos foi vítima de estupro no dia 1º deste mês, em Piacatu. O crime aconteceu em uma casa localizada na rua Severino Perina, a uma quadra da avenida principal da cidade, a Dr. José Benetti. A mãe da menina, uma dona de casa de 25 anos, e seu companheiro, um lavrador de 22 anos, foram presos.
De acordo com o boletim de ocorrência, a dona de casa e o lavrador teria tido relação sexual no quarto e posteriormente foram para a sala, onde estava a menina.
Em depoimento, a mãe da menina disse que cochilava no sofá e, quando acordou, viu o companheiro em cima da filha. Ela não acionou a polícia. No dia seguinte (2), a mãe da menina havia comentado com uma garota de 19 anos que cuidava de sua filha que “ele estava em cima dela [da filha]”.
Ao Comunicativo, a garota que cuidava da menina disse que não havia entendido direito o que a dona de casa queria dizer. A garota, então, disse ter orientado a mãe da menina a acionar a polícia. “Quando saí da casa dela, a mãe da menina estava falando ao celular, como se estivesse falando com a polícia”, relatou.
Segundo a cuidadora, no mesmo dia, por volta das 21h, ela foi buscar a menina para dar banho e comida em sua casa, pois na casa onde a criança morava não havia energia elétrica nem comida.
Quando foi dar banho na menina, a cuidadora percebeu sangre entre as pernas da criança. “Estranhei a situação porque seria praticamente impossível uma menina de seis anos já estar menstruando. Enquanto vínhamos para minha casa, ela caminhava de forma estranha, com a mão na área genital”, comentou.
“Após dar banho e comida, levei a criança até sua casa para dormir. Quando cheguei lá, perguntei para a mãe dela sobre o que aconteceu com a menina na noite anterior. Foi quando a mãe me informou ter visto o lavrador penetrando em sua filha. Ela ficou meio desorientada, sem saber o que fazer. Até então não havia acionado a polícia”, acrescentou a cuidadora.
Naquele momento, a garota disse ter recomendado a mãe da menina a acionar a polícia e que, caso contrário, ela mesma faria isso. “Ao sair da casa dela, uma viatura da Polícia Militar passava pela rua e resolvi denunciar o caso para averiguar o fato”, disse.
Assim que fez a denúncia à Polícia Militar, o Conselho Tutelar foi acionado e encaminhou a menina para o IML (Instituto Médico Legal) para fazer o exame de corpo de delito. Embora não tenha visto o laudo, a cuidadora disse ter “ouvido conversa” de que o laudo comprovou que houve penetração na menina.
Diante dos fatos, o lavrador foi preso no dia 3 e encaminhado para a cadeia pública de Penápolis. Já a mãe da menina, por ter presenciado o episódio e não ter avisado as autoridades competentes, também foi presa no dia 4 por ser considerada cúmplice dos fatos. Ela foi levada para a cadeia feminina de General Salgado (SP).
Quanto à menina, que foi vítima de estupro, foi enviada para um abrigo no município de Buritama, onde também passa por acompanhamento psicológico.