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Morreu na manhã de hoje(20), em São Paulo (SP), o advogado e ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, 79 anos. Ele foi internado no Hospital Sírio-Libanês anteontem (18) para tratamento de descompensação de fibrose pulmonar, segundo boletim médico divulgado pelo hospital. A informação da morte do ex-ministro foi confirmada pela equipe médica.
Bastos foi ministro da Justiça entre 2003 e 2007 durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele era formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) na turma de 1958 e atuou na acusação dos assassinos de Chico Mendes, do cantor Lindomar Castilho e do jornalista Pimenta Neves.
Bastos é considerado um dos principais advogados criminalistas do Brasil. Ele também já presidiu a OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo) entre 1983 e 1985 e do Conselho Federal da OAB entre 1987 a 1989 antes de ser ministro da Justiça (2003 a 2007).
Durante o julgamento do mensalão, Bastos defendeu ex-dirigentes do Banco Rural e entrou com reclamação contra o então presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, questionando o fato de Barbosa não ter levado pedidos da defesa dos réus para análise do plenário do STF.
O advogado atuou também na defesa do médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por 48 ataques sexuais a 37 vítimas. Em 1990, após a eleição do presidente Fernando Collor de Melo, integrou o governo paralelo instituído pelo PT como encarregado do setor de Justiça e Segurança.
Em 1992, Bastos participou ao lado do jurista Evandro Lins e Silva da redação da petição que resultou no impeachment de Collor. Ele também é fundador do movimento Ação pela Cidadania, juntamente com Severo Gomes, Jair Meneghelli e Dom Luciano Mendes de Almeida. É fundador do Instituto de Defesa do Direito de Defesa.
O velório e o sepultamento ainda não foram divulgados pela família.