Otávio Manhani/Jornal Comunicativo
O empresário do ramo de internet, Carlos Aguiari Sobrinho, o Carlão, de Clementina (SP), encontrou no dia 11 deste mês um homem que estava desaparecido há alguns dias. Gilberto Alves Vieira, 40 anos, morador de Tupã (SP), caminhava às margens da rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), sentido ao município de Braúna (SP).
De acordo com o empresário, ele e seu filho, Caio Esteves Aguiari, 13 anos, estavam num posto de combustíveis na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), em Iacri (SP), no dia 10 deste mês, onde disse ter visto um cartaz sobre o desaparecimento de um homem, morador de Tupã.
No dia seguinte (11), o empresário e o filho estavam indo para Braúna. Na estrada, há aproximadamente dois quilômetros antes de entrar na cidade, por volta das 14h50, Carlão disse ter passado por um homem que caminhava sozinho e lembrou-se do cartaz da pessoa desaparecida.
O empresário, então, retornou até o homem e perguntou o nome dele e a cidade onde mora, o que coincidiu com as informações do cartaz que havia visto no dia anterior. “Pedi a ele se poderia tirar uma foto, mas ele não respondeu. Tirei a foto e enviei ao meu sobrinho em Iacri, que é dono do posto de combustíveis onde vi o cartaz”, explicou Carlão.
Até que o primo respondesse a mensagem, o empresário disse ter convencido Gilberto a entrar no carro e ir à Delegacia de Polícia de Braúna. Na delegacia, após confirmar as informações aos agentes, foi constatado que se tratava da pessoa desaparecida.
Carlão, então, disse ter entrado em contato com os familiares de Gilberto em um dos números de telefone que estava no cartaz, que foi passado por seu sobrinho de Iacri. O número do telefone que o empresário ligou era de um cunhado de Gilberto, que foi à Braúna busca-lo.
“Como tinha um compromisso em Braúna, deixei o rapaz na delegacia. No dia seguinte, o padrasto de Gilberto me ligou agradecendo”, relatou o empresário.
Ao Comunicativo, por telefone, João Marciano Garcia, 48 anos, que é padrasto de Gilberto, informou que o rapaz toma medicação para amenizar o problema mental. Ele disse ainda que Gilberto vivia internado há 18 anos em uma clínica de Tupã e que atualmente morava com a família.
No entanto, o padrasto de Gilberto disse que a família não tem condições de cuidar dele, pois precisa de cuidados especiais, com medicação no horário certo. Como todos da família têm suas ocupações, Garcia disse que fica difícil dar a atenção necessária à Gilberto.
“Estamos tentando uma vaga para ele [Gilberto] em uma clínica, mas não estamos conseguindo”, lamentou o padrasto.