Polícia Militar Ambiental apreende 68 pássaros durante operação, em Braúna


Ação vistoriou quatro casas; multa é de R$ 5 mil por pássaro que estiver em extinção

18/11/2014 10:39 - Atualizado em 23/11/2014 10:45 | Por: Otávio Manhani

Divulgação/Polícia Militar Ambiental

Aves que foram apreendidas pela polícia serão soltas na natureza

A Polícia Militar Ambiental apreendeu 68 pássaros silvestres durante operação realizada na tarde de ontem (17), em Braúna. As aves estavam em três das quatro casas vistoriadas pelos policiais. Segundo a denúncia, as aves eram apreendidas no município e encaminhadas para serem comercializadas na região Nordeste do Brasil.

A primeira apreensão ocorreu em uma residência na rua Francisco José Trindade, por volta das 13h. Os policiais foram recebidos por uma mulher de 32 anos e, durante vistoria no imóvel, encontraram 41 pássaros presos em gaiolas, alçapões e viveiros.

Entre os pássaros encontrados, 30 são canários-da-terra e 11 da espécie coleira papa-capim. De acordo com a polícia, havia duas gaiolas contendo um canário cada uma, junto com um alçapão aberto para atrair outras aves.

A moradora alegou que os pássaros foram doados ao companheiro dela, negando que ele seja caçador. Ela confirmou que ele não possui autorização para mantê-los em cativeiro. O homem não foi encontrado, pois estaria no trabalho.

Em outra residência, onde o morador estava presente, a polícia apreendeu 15 canários-da-terra e um coleira papa-capim dentro de gaiolas e alçapões, sendo que alguns pássaros também estariam sendo usados como “isca” na tentativa de atrair outros da mesma espécie para o alçapão. O morador informou aos policiais que mantem as aves há aproximadamente um ano, como hobby.

Na terceira casa visitada os policiais apreenderam 11 aves, das quais seis eram canários-da-terra e 11 coleiras papa-capim. O morador, que foi encontrado no trabalho, também alegou que possui os pássaros há cerca de um ano e os mantêm em cativeiro por hobby.

Os três proprietários dos imóveis onde os pássaros foram apreendidos foram autuados de acordo com a resolução SMA 48, de 26 de maio de 2014, que em seu artigo 25 proíbe matar, caçar ou utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização.

A multa prevista é de R$ 500 por pássaro que não esteja em risco ou ameaça de extinção e de R$ 5 mil se estiver ameaçado. Após ser registrada a ocorrência na delegacia de Braúna, as aves seriam devolvidas à natureza.