Divulgação/Prefeitura de Gabriel Monteiro
Produtores de café do município de Gabriel Monteiro testaram uma colhedoura de café automotriz com graneleiro durante o mês de maio no sítio São Sebastião, de propriedade do cafeicultor Jonas Bortoloci.
Após o teste, que agradou aos cafeicultores locais e também da cidade de Bilac, os produtores se demonstraram motivados em adquirir uma colhedoura de café por meio do Projeto Desenvolvimento Rural Sustentável Microbacias II - Acesso ao Mercado, projeto este da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, executado pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) por intermédio da Casa da Agricultura local.
A manifestação de interesse para iniciativa de negócio foi aprovada pela Associação dos Produtores Rurais do município, que atualmente conta com 73 associados, sendo 27 ligados a cadeia produtiva do café.
A Associação dos Produtores Rurais, juntamente com a Casa da Agricultura e um consultor contratado, fará a elaboração do plano de negócio, o qual deverá ser avaliado até o final de outubro deste ano, cuja intenção é disponibilizar 70% do investimento, que custa R$ 560 mil.
Junto ao plano de negócio, os produtores receberam incentivos individuais para melhorar sua estrutura de produção com subsídios de até 70% para investir em melhorias em terreiros, tulhas, mudas de café enxertadas e implementos, no valor de até R$10 mil por produtor familiar.
O presidente da associação, Irineu Dornelas, acredita que com a aquisição desta máquina colhedoura de café os produtores do município terão a vantagem de colher o produto no momento mais adequado, de forma mais seletiva, ou seja, quando ocorrer maior porcentagem de grãos maduros, deixando os verdes para serem colhidos posteriormente.
“Nossos produtores poderão ‘melhorar’ o tipo da bebida, pois a colhedoura não permite que os grãos colhidos tenham contato com o solo, proporcionando grãos sem defeito e, com isso, consegue-se agregar valor ao produto final”, explica Dornelas.
A colheita do café é feita manualmente pelos produtores de Gabriel Monteiro. Na colheita, os grãos são misturados (verdes, cereja e maduros) e, em contato com o solo, são envolvidos com folhas, pequenos galhos, torrões e apresentam defeitos devido a exposição ao ataque de insetos e micro-organismos.
“Acreditamos que só com uso de boas práticas agrícolas e com a mecanização das lavouras de café, poderemos buscar a sustentabilidade econômica social e ambiental”, explica a engenheira agrônoma da Casa da Agricultura de Gabriel Monteiro, Maria Venina Barbosa Loli.
Caso a colhedoura de café seja adquirida pela associação, a intenção do grupo é formar lotes de café com melhor uniformidade e qualidade. “Com maior quantidade, os produtores poderão conseguir melhor remuneração na venda do produto”, avalia Dornelas.