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Morreu nesta terça-feira (8), em São Paulo, o ex-deputado Plínio Soares de Arruda Sampaio, 83 anos. Ele foi candidato a presidente da República em 2010 pelo PSOL e ficou em quarto lugar, com 886 mil votos. Plínio tratava um câncer nos ossos no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
A assessoria de imprensa da instituição confirmou o falecimento, mas ainda não informou as causas. No dia 26 de julho, Plínio completaria 84 anos de idade. Ícone da esquerda católica, Plínio mantinha boas relações com políticos de partidos antagônicos, como PT e PSDB, e era um dos poucos remanescentes da política pré-ditadura militar.
Em 1964, quando o golpe derrubou o presidente João Goulart, era deputado pelo antigo PDC (Partido Democrata Cristão) e relator da Comissão Especial de Reforma Agrária.
Teve os direitos políticos cassados pelo AI-1 (Ato Institucional) e foi obrigado a se exilar no Chile. Depois fez mestrado em Cornell, nos EUA. Voltou ao Brasil em 1976.
Em 1981, Plínio se filiou ao PT, do qual passou a ser um dos mais importantes formuladores. Voltou à Câmara em 1985, como suplente de Eduardo Suplicy, e se reelegeu no ano seguinte para a Assembleia Constituinte.
Participou da coordenação da primeira campanha de Lula à Presidência, em 1989. No ano seguinte, disputou o governo de São Paulo pelo PT e ficou em quarto lugar. Plínio deixou o PT em 2005, desiludido com o escândalo do mensalão. Ajudou a fundar o PSOL e disputou o governo de São Paulo no ano seguinte.
Em 2010, aos 80 anos, lançou-se em uma espécie de anticandidatura à Presidência pelo PSOL. Com tiradas bem-humoradas, virou atração dos debates presidenciais, mas não conseguiu se aproximar de Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) nas pesquisas.
Com a saúde debilitada, ele acompanhou de longe a desistência de Randolfe Rodrigues e a escolha de Luciana Genro como nova candidata do PSOL ao Planalto.
Com informações da Folhapress