Fábrica de calçados infantis em Piacatu fecha e demite 80 funcionários


Empresa calçadista era a maior geradora de empregos no município, ficando atrás apenas da Prefeitura

03/07/2014 11:11 - Atualizado em 08/07/2014 19:22 | Por: Otávio Manhani

Otávio Manhani - Arquivo/Jornal Comunicativo

Empresa fundada em 1996 encerrou as atividades nesse dia 30

Uma fábrica de calçados localizada no distrito industrial de Piacatu encerrou suas atividades nesse dia 30 de junho. Com isso, todos os 80 funcionários foram demitidos.

A empresa, fundada em 1996, prestava serviços terceirizados para uma fábrica de calçados com sede em Birigui. O encerramento das atividades e a demissão em massa deixaram não só os funcionários tristes, mas também o patrão, que, inclusive, preferiu não dar entrevista sobre o assunto.

A empresa ocupava um dos barracões disponibilizados pela Prefeitura por meio de comodato e recebia incentivo da Prefeitura por meio de uma lei municipal, assim como outras seis empresas, que também são beneficiadas com esta mesma lei.

Com as demissões, o comércio local já se preocupa com os reflexos nas vendas. A fábrica que encerrou as atividades era a maior geradora de emprego do município, ficando atrás apenas da Prefeitura, que hoje conta com aproximadamente 260 funcionários na ativa, segundo informou o departamento de Pessoal da Prefeitura.

Produção brasileira

A produção industrial brasileira recuou 0,6% em maio na comparação com abril e 3,2% em relação a maio do ano passado. É a terceira queda seguida tanto em relação ao mês anterior quanto na comparação anual. É também a maior baixa do ano.

É o que revela a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), cujos dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

De acordo com o instituto, a produção industrial já tinha recuado 0,3% em abril e 0,5% em março. A última vez em que a indústria encolheu por três meses seguidos tinha sido no segundo semestre de 2011.

Nesses três meses de recuo, a queda acumulada foi de 1,6%, segundo o IBGE. De janeiro até maio deste ano, o índice já acumula queda de 1,6%.

Porém, se comparado em 12 meses, o resultado acumulado é positivo em 0,2%, menor do que os dos meses anteriores (0,7% em abril e 2% em março).

A principal influência negativa foi da categoria de veículos automotores, reboques e carrocerias, que acumula baixa de 12,5% na produção. Quase 86% dos produtos automobilísticos investigados pelo IBGE caíram no período.

Baixa produção afeta empregos e PIB

A queda da produção nos últimos meses já custou quase 30 mil empregos no setor somente em maio, de acordo com dados recentes do Ministério do Trabalho.

Para tentar evitar mais demissões, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prolongou até o final do ano o desconto no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre as vendas de veículos e móveis.

A indústria tem sido um dos pontos fracos da economia brasileira neste ano, afetando o resultado fraco do PIB no primeiro trimestre.