Otávio Manhani/Jornal Comunicativo
Dos 188 frequentadores do CCA (Centro da Criança e Adolescente) de Santópolis do Aguapeí, cinco são portadores de algum tipo de necessidade especial. No entanto, isso não os impedem de realizar as atividades desenvolvidas no local.
É o caso de Willian da Silva, 25 anos, portador da síndrome de Down, que faz aulas de karatê todas as segundas, quintas e sextas-feiras em uma das salas do prédio do CCA. Ele faz as aulas juntamente com as demais crianças.
Sob orientação do professor de karatê, Sérgio Félix, Willian pratica todos os movimentos dos golpes da arte marcial sem qualquer dificuldade. Quando não está frequentando as aulas de karatê, o jovem participa das outras atividades desenvolvidas no CCA, inclusive futebol.
Conforme informou a coordenadora do CCA, Irene Santos Pereira, não há separação entre os portadores de necessidades especiais com as demais crianças que frequentam o local. “Eles são muito bem acolhidos pelas outras crianças e adolescentes”, garantiu a coordenadora.
De acordo com Irene, o CCA atualmente atende 72 crianças no período da manhã e outras 116 no período da tarde. Deste total, 70 frequentadores são atendidos por meio da Secretaria de Assistência Social e os demais pela Educação (ensino complementar).
Irene explica que o CCA oferece várias atividades recreativas e esportivas e, em troca, exige frequência escolar e comportamento no cotidiano dos alunos. Os frequentadores têm idade entre 14 e 31 anos. No caso dos portadores de necessidades especiais, o atendimento é feito das 12h30 às 16h de segunda à sexta-feira.
Os cuidados especiais oferecidos no CCA se estendem a outras quatro pessoas, sendo: Nádia, 10 anos; Evelin de Souza Santos, 18 anos; Welington Rodrigues Costa do Nascimento, 29 anos; e Joice da Silva, 30 anos.
A coordenadora frisou que além das atividades desenvolvidas no CCA, os alunos especiais também participam de alguns passeios com as demais crianças. “É claro que em determinados passeios não tem como eles [alunos especiais] participarem, mas quando vamos a piscinas de municípios vizinhos, por exemplo, eles vão”, acrescentou.
Os alunos Nádia, Evelin, Joice e Welington gostam de frequentar a Sala de Computação, onde brincam com jogos on-line com o auxílio de outras crianças. “Eles [alunos especiais] são muito queridos pelas outras crianças”, comentou a psicóloga do CCA, Liana Manami Abiko.
“A inclusão desses alunos possibilita a interação entre todos”, disse Irene.