Otávio Manhani/Jornal Comunicativo
A esperança de vida ao nascer em Santópolis do Aguapeí aumentou 8,4 anos nas últimas duas décadas, passando de 66,3 anos em 1991 para 74,8 anos em 2010. No Estado de São Paulo, a média é de 75,7 anos, enquanto que a expectativa de vida do brasileiro é de 73,9 anos (ambos referentes a 2010).
A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal).
Com uma população de 4.398 habitantes, segundo estimativas de 2013 da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), 12,60% dos moradores de Santópolis do Aguapeí tem 60 anos ou mais.
Ainda de acordo com dados da Fundação Seade, o índice de envelhecimento da população santopolense é de 59,25%. No Estado de São Paulo, o índice é de 61,55%.
O casal Angelo Bizari, 94 anos, e Maria Ana Debuzo Bizari, 91 anos, moram em Santópolis do Aguapeí desde 1955. Na época, o povoado se chamava Mil Alqueires. Somente em 30 de dezembro de 1959 é que foi elevada a categoria de município.
Angelo nasceu em Jaboticabal (SP) e Maria Ana em Pirangi (SP). O casal nonagenário está casado há 73 anos. Eles se casaram no município de Vista Alegre do Alto (SP), localizado na região Norte do Estado. Desta união, o casal teve 12 filhos, sendo sete homens (um já falecido) e cinco mulheres. Angelo e Maria Ana também têm 21 netos e 14 bisnetos.
O casal é um dos primeiros moradores do município. Eles moram em uma casa na avenida principal da cidade, a avenida Antonio Francisco dos Santos Junior, que leva o nome do fundador do município.
Mas o casal de pioneiros revela que antes de mudar em definitivo para Santópolis do Aguapeí havia morado em um sítio na cidade vizinha de Piacatu. “Somente após a venda do sítio que era do meu pai é que mudamos pra cá [Santópolis do Aguapeí] e estamos até hoje”, disse Angelo.
Em dez anos, mortalidade infantil em Santópolis cai 22%
A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano) em Santópolis do Aguapeí reduziu 22%, passando de 19,4 por mil nascidos vivos em 2000 para 15,1 por mil nascidos vivos em 2010. É o que revela os dados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
O Brasil atingiu a meta assumida no compromisso “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio” de reduzir em dois terços os indicadores de mortalidade de crianças de até cinco anos. O índice, que era de 53,7 mortes por mil nascidos vivos em 1990, passou para 17,7 em 2011.
Os números integram o 5º Relatório Nacional de Acompanhamento, divulgado no dia 23 deste mês pelo governo, em Brasília (DF). A meta de 17,9 óbitos por mil nascidos vivos era para ser atingida em 2015, ou seja, foi atingida antes do prazo estipulado.
Objetivos do Milênio são metas estabelecidas em 2000 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e apoiadas por 192 países. Ao todo, são oito pontos: acabar com a fome e a miséria; universalização da educação primária; promoção da igualdade de gênero e autonomia das mulheres; reduzir a mortalidade na infância; reduzir a mortalidade materna, interromper a propagação e diminuir a incidência de HIV/Aids, entre outros.
IDHM
O IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) de Santópolis do Aguapeí é 0,740, em 2010. Isso significa que o município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,7 e 0,799).
Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,158), seguida por Renda e por Longevidade.
Na comparação entre 1991 e 2000, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,236), seguida por Longevidade e por Renda.
O município de Santópolis do Aguapeí teve um incremento no seu IDHM de 45,10% nas últimas duas décadas, abaixo da média de crescimento nacional (47%) e acima da média de crescimento estadual (35%), segundo o Atlas Brasil 2013.