Otávio Manhani/Jornal Comunicativo
Uma carreta que transportava cana-de-açúcar teve dois de seus três vagões soltos quando trafegava na estrada municipal PCT-342, localizada ao lado do cemitério Emílio Spadari, em Piacatu.
Ao se soltarem, os vagões quase entraram em uma casa. Eles pararam depois de esbarrarem em duas árvores na entrada da propriedade. O acidente ocorreu por volta das 3h30 de hoje (11), segundo moradores do sítio São José. O motorista nada sofreu.
A dona-de-casa Vera Gomes Pereira Barbosa, 55 anos, disse ter escutado o barulho na madrugada, levantou-se e abriu a janela para averiguar. “Estava escuro e só consegui ver um caminhão parado. Pensei que fosse um caminhão-pipa que molha a estrada”, relatou.
A estrada é rota de desvio dos caminhões que transportam cana, de modo que não trafeguem dentro da cidade quando estão carregados (lei municipal 40/2008).
Cinco horas após o acidente, às 8h30, um funcionário da usina Clealco, de Clementina, esteve no local para verificar o que ocorreu com o veículo da empresa e resolver o problema. Uma hora depois, às 9h30, dois tratores foram ao local para remover a cana e erguer um dos vagões. A Polícia Militar foi acionada e registrou um boletim de ocorrência.
RECLAMAÇÕES
No final do mês passado, os moradores do bairro Lontra, onde aconteceu o acidente, realizou um abaixo-assinado e disse ter entregado ao responsável de duas usinas da região, solicitando que os motoristas fossem orientados a trafegar por aquele trecho com velocidade moderada.
O Comunicativo teve acesso ao documento. Nele, os moradores também reclamam que “o compromisso feito verbalmente pela empresa com os moradores não está sendo cumprido, que é de molhar a estrada nove vezes ao dia”, em períodos de seca.
DENTRO DA CIDADE
Em junho de 2008, a Câmara de Vereadores de Piacatu aprovou um projeto (40/2008) que proíbe o tráfego de caminhões transportando cana em vias públicas urbanas. As carretas só podem trafegar vazias.
A lei que vigora há quase dois anos tem evitado alguns desconfortos. Como o transporte era feito em uma das ruas principais da cidade, a Felipe dos Santos, os moradores reclamavam da sujeira e poluição sonora, uma vez que o transporte também é feito durante a noite.
Outros fatores que contribuíram para que as autoridades tomassem tal medida foi a constante quebra de fios da rede elétrica e telefonia, danificação do asfalto e evitar eventuais acidentes com alunos, a maioria crianças, que passam pelo local para ir à escola.