Otávio Manhani - Arquivo/Jornal Comunicativo
O presidente e treinador do projeto social ‘Bom de Bola Bom na Escola’, de Piacatu, José Aparecido Santana, o Bambam, afirma ter colecionado mais acertos do que erros em 2010. O projeto atende aproximadamente 250 crianças com idade entre 7 e 15 anos no estádio municipal José Sebastião Martins “Zico”.
Em entrevista ao Comunicativo, o treinador conta que possui um elenco de garotos bons, principalmente se comparado a escolinhas de futebol particulares. Ele cita ainda que as categorias Fralda, Fraldinha, Dentinho, Dente e Dentão “não fizeram feio em campo” nos jogos que participaram tanto na cidade quanto na região.
Santana destaca o desempenho dos garotos em um campeonato intermunicipal que terminou em novembro do ano passado, em Piacatu. Na ocasião, as categorias Dente e Dentinho foram campeãs, enquanto que a categoria Dentão ficou com a vice-liderança. Já a categoria Fraldinha ficou com o 3º lugar. Equipes de sete cidades participaram dos jogos, que aconteciam nas manhãs de sábado.
O treinador ressalta ainda que o time da categoria 1996-1997 foi campeão regional no ano passado e que os garotos venceram equipes consideradas fortes, como a da cidade de Andradina (SP). “Hoje oito daqueles garotos [de Andradina] estão na categoria de base do Santos, e nós os vencemos naquela ocasião”, lembra.
Para manter o projeto em funcionamento, Santana cita o apoio dado pela Prefeitura e também faz questão de destacar o trabalho voluntário de seus auxiliares: João Mendonça, Adair Dias “Bagolo” e Cido, de Gabriel Monteiro. “Se não tivesse a ajuda deles, eu não daria conta sozinho”, reconhece.
O treinador frisa ainda que os alunos do projeto foram contemplados, por duas vezes, com a entrega gratuita de chuteiras, sendo a mais recente em setembro do ano passado.
INSATISFAÇÃO
No entanto, Santana não esconde sua insatisfação com uns garotos e diz ter ficado “muito decepcionado com a falta de vontade deles”.
Segundo o treinador, certos garotos fizeram testes em alguns clubes e não abraçaram a chance. “Eles tiveram a oportunidade que muitos gostariam de ter, mas não aproveitaram e não se valorizaram”, desabafa.
De acordo com Santana, a atitude de três ou quatro garotos, de não terem permanecido nos referidos clubes, acabou fechando as portas para outros. “Ninguém é forçado a ficar onde não quer. Só fico triste porque os outros garotos possivelmente não terão as portas abertas como os três tiveram”, lamenta.
O treinador também fala sobre a ausência dos pais nos jogos. “Dificilmente os pais vêm ver os filhos jogarem. Seria importante que os pais prestigiassem seus filhos no esporte”, finaliza.
