Vaias em Bilac e imprevistos em Piacatu marcam posse de prefeitos nesse dia 1º


Atraso na sessão de posse em Piacatu irritou o prefeito reeleito

02/01/2013 22:20 - Atualizado em 02/07/2019 22:29 | Por: Otávio Manhani

Daniester Rodrighero/Colaborador

Visivelmente irritado, Bonfim discursa durante sua posse

Muitos chegaram a duvidar que ele fosse à posse de sua adversária política na manhã de ontem (1º); mas ele foi. Foi e discursou. Mas a ‘coragem’ do ex-prefeito de Bilac, José Roberto Rebelato, o Beto (PSDB), lhe resultou em vaias.

O ex-prefeito foi convidado a compor a mesa das autoridades na varanda da Prefeitura, onde aconteceu a transição de cargo. Beto esteve acompanhado de sua esposa, a ex-primeira-dama Sônia Marli Mitsue Yanase Rebelato, os quais cumprimentaram as autoridades.

As vaias, feitas pelos correligionários e apoiadores da prefeita Sueli Orsatti Saghabi (PTB), começaram assim que foi anunciada a entrada de Beto. Tanto a prefeita quanto seu vice-prefeito, Ocimar Antonio Calsavara (PMDB), fizeram gestos para que as pessoas parassem de vaiar, que respeitassem o ex-prefeito no cerimonial.

Mas o pedido não adiantou muito. Durante discurso de despedida, Beto teve que parar sua fala por algumas vezes devido às vaias, mas não se demonstrou abalado e concluiu o discurso. Beto entregou as chaves da Prefeitura à Sueli e a beijou no rosto. O episódio irritou ainda mais o público, que tornou a vaiar o ex-prefeito.

A disputa política em Bilac é historicamente bastante acirrada. É que Sueli e Beto são adversários de várias campanhas. O desafeto é ainda maior entre Beto e Calsavara. Em 2005, por exemplo, foi Sueli quem entregou as chaves da Prefeitura para Beto. Oito anos depois a história se repete, mas desta vez é Beto quem entrega as chaves para Sueli.

PIACATU

A posse do prefeito reeleito Nelson Bonfim (PTB) e de seu vice Cleodemar José Gênova (DEM), em Piacatu, teve alguns imprevistos.

A posse, que sempre teve início às 10h na Câmara Municipal, havia sido agendada dias antes para começar às 9h. Só que a tentativa não deu certo. O auditório da Câmara estava lotado e a posse só iniciou às 10h30.

Era 8h45 para começar a posse e a Câmara ainda estava fechada. O prefeito ligou para o ex-presidente da Câmara, Edson Roberto Mainhani, o Beto (PPS), para que levasse as chaves, pois a Câmara estava fechada.

Beto disse que havia avisado o prefeito semanas antes que não participaria da posse e que teria deixado o contador da Câmara, Jairo de Alcebíades Junior, encarregado de passar o roteiro e as coordenadas ao dirigente cultural Elio Siqueira da Rocha para realização da posse.

O ex-presidente da Câmara informou que Rocha o procurou semanas antes para preparar a solenidade de posse e disse ao dirigente cultural que entrasse em contato com o contador para adiantar os preparativos, pois a Câmara atualmente não conta com um diretor-administrativo.

Depois que o prédio foi aberto e as pessoas se acomodaram, mais imprevistos. Um problema técnico no som - um fio queimado -, fez com que a sessão não fosse gravada em áudio. Rocha, então, foi até sua sala buscar um som.

Nesse intervalo de tempo, alguns vereadores se alteraram nos corredores do Legislativo. A sucessão de imprevistos deixou o prefeito irritado.

Em seu discurso de posse, Bonfim desabafou ao público alegando falta de respeito e desorganização nos preparativos da posse. Embora não tenha mencionado nomes aos “culpados”, o prefeito se demonstrou descontente com o episódio.

Dias após os imprevistos, os envolvidos com os preparativos da posse ainda se justificam, de modo que “ninguém” foi culpado.